sábado, 6 de novembro de 2010

-Por quê você está aqui?
-Eu não deveria?
-Não... não deveria. Esse sonho é meu. E eu nem ao menos dormi pensando em você. Por que você teve que aparecer justo aqui?
-Porque talvez nós estejamos ligados um ao outro
-Impossível.
-Por quê?
-Porque você não faz parte da minha realidade, entende? Não que seja ruim sonhar com você, pelo contrário, é muito, muito bom, eu confesso... mas sonhos criam expectativas... e expectativas, a respeito de você, não vão me fazer bem.
-Você deveria aproveitar mais os seus sonhos ao invés de ficar interrogando as pessoas.

Ele se aproximou mais de mim e colocou sua mão em meu queixo. "É somente um sonho." Eu pensava.

-Só me responda isso... por que o meu sonho?
-Porque você merece ser feliz... e eu também. É como uma receita... os seus olhos, mais o seu sorriso, mais o seu amor, misturado com a minha solidão, o meu amor, e os meus olhos, resultam nesse sonho.
-Ele vai acabar, não vai?
-Não vale a pena prever o futuro. Somente... sinta esse momento. Viva esse momento. Sonhe. E eu prometo que vai valer a pena. Prometo que vai ser inesquecível e que você vai se esquecer de cada detalhe quando acordar. Prometo. Prometo que não vou te fazer sofrer. E só vou te dar felicidade, mesmo que eu não possa fazer parte da sua realidade. Agora, sonhe, meu amor. E vai ficar tudo bem. Prometo!

domingo, 15 de agosto de 2010

Saudades.

Existe algo grandioso demais, fantástico ao extremo chamado amizade. Acho que eu sou uma das poucas pessoas que só tem coisas boas a falar sobre isso. Até hoje, eu só tive as melhores amizades do mundo... Esse ano algumas coisas mudaram. Eu digo algumas coisas no plural mas o correto seria uma coisa. Essa coisa me afastou um pouco dessas amizades. Em alguns momentos eu recorro as fotos e relembro cada momento como se fosse ontem... eu me lembro de cada frase, cada palavra e cada expressão também. Amizade, afinal, não é isso? É guardar cada mínimo gesto no coração, é ter cada palavrinha na memória; não é saber o momento de falar e o momento de ouvir? Não é oferecer um ombro amigo nos momentos mais difíceis? Eu sinto falta delas e elas nem imaginam. Sabe o que é se sentir sozinho? Sabe o que é passar por uma das melhores fases da sua vida e não poder compartilhar com quem você mais queria? Elas nem ao menos sabem dele... e como elas podem não saber dele? Elas sempre souberam de tudo, elas sempre opinaram em tudo, elas sempre me ajudaram em tudo.
E agora onde elas estão? Longe o suficiênte para perderem os melhores momentos da minha vida; londe o suficiênte para não verem como eu fico vermelha na presença dele. Londe o suficiênte para me obrigarem a agarrar-me as lembranças.
A dias que, infelizmente, não voltam mais.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mudanças.

Talvez seja a hora de mudar. Talvez realmente tenha chegado a hora.
Início de ano, novas expectativas, listas imensas com sonhos a realizar e o coração aberto para um novo amor. É assim, que eu me descrevo. Uma sonhadora irracional, movida pelo coração e pelas emoções ao invés da razão. Para ser sincera eu invejo tanto, mas tanto os racionais. Queria poder pensar nas consequências antes de agir e tomar uma decisão só após saber quais seriam os prós e contras. Em determinados momentos, eu tenho a incansãvel mania de tentar aparentar ser algo que não sou eu; de escrever coisas que não são minhas e transparecer sentimentos que não pertencem a mim. Eu tenho a horrível mania de tentar ser algo que eu não sou, de tentar demonstrar algo que eu não sinto. E eu preciso mudar. E eu vou conseguir. 2010 vai ser diferente. Eu espero, do fundo do meu coração e da minha alma que srealmente seja. Porque, definitivamente, eu não aguento mais os olhares de "Olhe como ela é feliz. Não tem problema algum do qual reclamar." enquanto o meu coração começa a se despedaçar, aos poucos a cada novo dia. Swm ninguém para me ajudar e consertá-lo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Abismo Sem Fim.

Sabia que meu mundo havia virado de cabeça para baixo e naquele momento esse fato só se concretizava com mais força em meu coração abalado. Às coisas já vinham desmoronando há um certo tempo, mas com o passar dos dias elas passaram a desmoronar mais e mais de tal ponto que hoje me encontro aqui. Em meu abismo particular.
Sentia o chão abaixo dos meus pés se abrindo e podia saber que a profundidade daquele abismo era sem fim, sabia que se me deixasse cair eu nunca mais voltaria. Respirei fundo e abaixei minha cabeça. Deixei meus olhos focarem na profundidade a minha frente e deixei meu coração, já cansado de tanta dor, se espatifar novamente a procura de ajuda, de alguém para salvá-lo daqui. E ele se espatifou novamente porque sua busca repleta de uma esperança contida foi em vão. Não havia ninguém. Nunca havia ninguém e essa era a verdadeira realidade. O coração já cansado, já fraquejando, já dolorido e com a pequena esperança já morta, começou a desacelerar, começou a querer parar de bater, começou a querer a amenizar aquela dor cruel que se instalara nele sem pedir liscença. E estava conseguindo. Estava conseguindo porque começou a andar rumo ao abismo.

Por quê você não luta?
Por quê você é forte o bastante para vencer a dor?

Simplesmente se jogou. Deixou-se cair rumo a escuridão. Deixou-se cair rumo a solidão sem fim, a dor sem fim.
Deixou-se cair em seu abismo sem fim.

Será que poderia, de algum modo, haver uma volta?

sábado, 17 de outubro de 2009

Perdão.

Pela primeira vez, sinto que tenho que começar esse texto com um pedido.
Por favor, me desculpe.
Me desculpe por tudo o que eu ando fazendo. Se eu ao menos pudesse escutar as palavras saindo de sua boca, me dizendo que sim, que você me desculpa, as coisas se tornariam fáceis demais para mim. Eu passaria a me sentir mais leve.

Por favor, me desculpe.
Me desculpe por começar a esquecer seu rosto.
Me desculpe por ser tão fraca, tão egoísta, a ponto de esquecer as palavrass ditas, as juras de amor feitas, vezes sim, vezes não, no silêncio de um olhar.
Me desculpe por começar a esquecer a sensação de ter seus lábios colados aos meus, por esquecer o gosto do seu beijo, por esquecer a forma como você sussurrava meu nome em meu ouvido.
Me desculpe, por começar a esquecer a sensação de seus braços ao redor de mim, por começar a esquecer a sensação de proteção que eu sentia somente por estar em seus braços.

Por último, gostaria de pedir perdão. O perdão mais doloroso que eu já pedi na vida, o perdão mais egoísta e mesquinho que eu já pedi na vida.
Peço perdão a você por começar a deixar de te amar.
Por começar a esquecer o motivo que me fez amar você.

Não custa nada sonhar.
Mas nesse caso, isso custa o meu coração. O meu coração inteiro, ou então despedaçado.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs estão incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância."


(Para Sempre Alice - Lisa Genova)


"Quando não há mais certezas possíceis, só o amor sabe o que é verdade."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tentar.

Ela era uma garota incrível. Mas não sabia disso.
Ela tinha um coração enorme. Mas não sabia disso.

Abriu a mochila e nela colocou duas camisetas, uma calça jeans e um casaco. Alguns pacotes de biscoito para matar a fome. Todas as suas economias para caso de emergência. Havia se decidido depois de muito pensar e refletir. Havia se decidido e agora uma coragem tomava conta de sí, era como uma corrente elétrica passando por suas veias. Colocou a mochila nos ombros, abriu a janela e pulou. Começou a andar rapidamente, antes que sua coragem fosse desaparecendo e o medo e estrangulasse. Sabia que se olhasse para trás não seguiria em frente e fazia o máximo para não olhar. Não havia se despedido de ninguém. Somente uma carta e alguns agradecimentos. Nada mais. Nem um "Eu te amo.". Quanto menos sentimental melhor. A essa altura já alcançava a esquina de sua rua. Não conseguiu se deter e olhou para trás. Suspirou e voltou a caminhar. Voltou a caminhar, para o lugar de onde tentara fugir. Não conseguia, não tinha coragem. Teve medo. E então, voltou.
Não poderia deixar sua casa, seus pais, amigos e ele.
Era ele que a mentinha naquele lugar, era ele quem lhe dava base, que tornava-a estável.
E sem ele, nada tinha sentido.
Pelo menos, naqueles tempos.